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Caminho Histórico: De Santiago do Cacém a Santiago do Cacém

É na emblemática Igreja Matriz de Santiago do Cacém, cidade com fortes ligações às peregrinações a Santiago de Compostela, que se inicia esta travessia ao longo do sudoeste de Portugal. Por aqui passam desde a Idade Média peregrinos oriundos do Promontorium Sacrum, o destino mítico desta viagem histórica que agora se recupera.

Percorrer os Caminhos de Santiago Alentejo e Ribatejo esconde a promessa de uma aventura, de descobertas inusitadas, do desvendar de uma história que a memória preservou, uma história que se desenrola a cada paragem. Percorrer os Caminhos é reviver essa história nas marcas que o passar do tempo não foi capaz de apagar, é transformar o viajante no espectador de uma narrativa que se conta no património material e imaterial, nas terras, vilas e curiosidades, na gastronomia, nas gentes e nos seus costumes, os que já foram e os que continuam a ser e, ao mesmo tempo, no participante da mesma, incapaz de resistir aos encantos que vai desvendado.

Mais do que caminhar, é conhecer uma terra de paisagens que, ainda que diferentes, partilham o facto de serem únicas, repetindo-se apenas nas recordações que delas ficam.

Conhecer os Caminhos de Santiago Alentejo e Ribatejo é, mais do que uma viagem, uma experiência que marca, que fica, que se guarda. E que se quer repetir.


De Troia a Sines

Podemos chegar a Troia por Alcácer do Sal ou de ferry a partir de Setúbal, atravessando o estuário do Rio Sado. À chegada, a península de Troia tem muito a descobrir - jogar golfe, ter aulas de surf, fazer caminhadas ao longo da praia ou observar golfinhos - assim como dar passeios para conhecer o património cultural da região:  a aldeia palafita da Carrasqueira e as Ruínas Romanas de Troia que nos revelam como já era uma área rica em recursos naturais há dois mil anos atrás.

A seguir a Troia, a Comporta é um local muito apreciado para ir à praia com a família e com bons restaurantes. Estamos numa região de arrozais e por isso os pratos confecionados com arroz – o tradicional arroz Carolino - são uma especialidade a não perder.

Até Sines, a costa é uma extensão de areia contínua, com praias muito agradáveis como as do Pinheirinho e da Galé. Em Melides e em Santo André, consoante a vontade e a preferência pelas atividades, podemos escolher entre as praias de mar e as lagoas -  bons locais para andar de canoa ou fazer windsurf.

Sines é uma das cidades mais importantes do litoral alentejano e é também um porto industrial e um cabo de mar, tornando-se um ponto de paragem natural para quem visita a região. Porto pesqueiro de tradição, foi aqui que nasceu Vasco da Gama, o grande navegador. Quem sabe as suas viagens não terão inspirado o Festival de Músicas do Mundo em---(mês) que aqui se realiza todos os anos no início do verão.


De Sines à Zambujeira do Mar

A partir do porto de Sines este paraíso natural de areia transforma-se e as suaves baías passam a alternar com praias mais cénicas, com formações rochosas. Entre todas, as praias de São Torpes, Morgável e Vale Figueiros merecem uma paragem demorada com toda a família. A grande riqueza da paisagem subaquática desta zona também é muito apreciada para fazer mergulho.

Nos caminhos para a praia podemos encontrar pequenos refúgios para comer peixe, em vilas que se debruçam sobre o mar. Como Porto Covo, pitoresca aldeia de pescadores, que nos recebe numa bonita praça rodeada de casas baixinhas. A praia é muito acolhedora e do seu portinho, de barcos coloridos, podemos chegar à ilha do Pessegueiro, que se vê no mar, em frente.

Seguimos até Vila Nova de Milfontes, na foz do rio Mira. Entre a praia oceânica e o rio, os passeios de barco ou de canoa são sugestões para momentos bem passados com os amigos. Pode-se até subir o rio e chegar a Odemira.

Almograve, entre arribas e dunas avermelhadas, é um refúgio e uma das praias mais apreciadas para o surf e bodyboard. A partir da vila pode-se fazer um percurso pelo campo até à praia, passando por dunas e formações rochosas com milhões de anos. 

Mais a sul, o Cabo Sardão é um lugar agreste mas também um miradouro deslumbrante sobre a costa recortada. Em pleno parque natural, é um lugar único no mundo onde a cegonha branca nidifica nas falésias.

Esta viagem inspiradora segue para a Zambujeira do Mar, com outras praias a descobrir. Aqui, como ao longo de toda a costa, os surfistas encontram ondas perfeitas para aperfeiçoarem o estilo e se divertirem. 

Mas nem só de praia vive o litoral alentejano. A sul de Sines, entramos no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, com muitas opções de percursos pedestres e de bicicleta. Os diversos trilhos assinalados ao longo dos 450 km que integram a Rota Vicentina, entre o Santiago do Cacém e o Cabo de São Vicente, são uma boa forma de conhecer a região, entrar no quotidiano de quem aqui vive e ter outras experiências mais próximas dos costumes e das tradições do lugar.


 

 

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